Resenha A livraria mágica de Paris

Bom, e como charme pouco é bobagem, Monsieur Perdu indica livros como um farmacêutico índica remédios: para curar.

Dores de todos os tipos e para qualquer idade. Em apenas alguns instantes com a pessoa, Perdu já lança de sua estante um livro adequado para os sentimentos que a pessoa expressou e ele percebeu.

Vizinhos já o procuram com essa finalidade. E pessoas que ele nem conhece e aparecem... na livraria também.

Mas Perdu só não consegue indicar livros para sua própria dor: há 20 e poucos anos, Perdu teve um amor, Manon, ela o deixou, foi embora e se casou com outro homem.

E Perdu fechou o quarto onde dormia com Manon. Colocou lá tudo o que o fazia lembrar dela e trancou a porta. Foram + de 20 anos assim, engolindo seus sentimentos.

Acontece que mudou uma mulher no seu prédio, bem no seu andar e... a síndica pediu que os vizinhos ajudassem a montar a casa para ela, Catherine, doando móveis, já que o marido a deixou por outra mulher, e ela não ficou com nada...

Tomado pela história parecida com a sua, Perdu abre o quarto para pegar uma mesa e doar a Catherine... É envolvido por todos os sentimentos guardados e empoeirados....

E, junto a mesa.... vai uma carta colada na gaveta deixada por Manon na época que foi embora. E que Perdu nunca leu...

Lê. E após ler, decide fazer uma viagem com seu barco-livraria pelo rio Sena em direção ao sul da França.

A história praticamente vai começar aí... muito vai acontecer, muitas pessoas vão participar dessa jornada, muitos livros vão ser entregues a doentes de emoções diferentes.

Li devagar (1 capítulo por dia) mas curti a viagem. 

A narrativa é cheia de detalhes, repleta personagens e acontecimentos. É envolvente.
Eu adorei.

          

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